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O lixo é uma das coisas que não faltam nas grandes cidades. A conta é simples: quanto maior a população, maior a produção de lixo gerado. No entanto, esta não é uma exclusividade apenas das grandes metrópoles, o Brasil está entre os países que mais produz lixo. Segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), a população brasileira gera 1,52 milhão de toneladas de lixo por semana, o equivalente a quase sete navios cruzeiros. Estimativas mostram ainda que o Brasil alcançará uma geração anual de 100 milhões de toneladas de geração de resíduos sólidos urbanos, até 2030.

Diante de tanto lixo, surge uma pergunta: será que todo esse lixo pode se transformar em energia elétrica através de um processo limpo, sustentável e ainda por cima rentável? A resposta é sim e essa solução se chama Biogás. “O biogás é resultado da fermentação anaeróbica da biomassa por bactérias. Isso significa que a matéria orgânica, a exemplo dos resíduos agrícolas, madeira, bagaço de cana-de-açúcar, esterco, cascas de frutas e restos animais e vegetais, sofre degradação por bactérias, produzindo o biogás”, explica Adriano Gonçalves, superintendente da Essencial Aterro Sanitário/Industrial.

Com a possibilidade de ser utilizado de diversas formas, tanto para a geração de energia elétrica e térmica quanto para a geração de energia mecânica em uma propriedade rural, o biogás ocupa um espaço significativo na empresa onde o superintendente atua. “Levamos o cuidado com o meio ambiente a sério. Na Cetesb, o biogás e outros resíduos asseguraram 3,1% de nossa matriz energética”, revela.

Nos lugares que não há um sistema de captação dos gases liberados na fermentação do lixo, como os lixões a céu aberto, o metano e o gás carbônico são liberados para a atmosfera, poluindo o meio ambiente,  causando a grande emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), além de provocarem explosões e mau cheiro.

Para se ter ideia, o Ministério da Saúde aponta que os poluentes atmosféricos podem provocar ou agravar aspectos da saúde, capazes de aumentar o número de casos de doenças respiratórias, oculares e cardiovasculares. A alta exposição à poluição aos que residem em regiões metropolitanas, além da possibilidade de desenvolver problemas crônicos, podem diminuir a expectativa de vida em até dois anos para problemas de médio e longo prazo. Uma média de 15 a 30 anos vivendo em locais com alta exposição. 

Benefícios para o meio ambiente

Além de contribuir com a redução de um passivo ambiental, o uso do biogás diminui custos com energia e outros benefícios. “O uso do gás polui menos a atmosfera, auxiliando na desaceleração do aquecimento global; pode ser usando no lugar da lenha, contribuindo significativamente no combate ao desmatamento; reduz a poluição hídrica; é um processo natural para se tratar resíduos orgânicos, sem contar que nas áreas rurais, a chegada do biogás poderá substituir os fogões à lenha e tratores movidos a diesel, reduzindo a poluição do meio ambiente”, conta o superintendente.

O biogás é ainda uma importante fonte energética substituta para os combustíveis derivados do petróleo, como a gasolina e o diesel, que nos primeiros dois meses de 2021 tiveram um aumento de 8,65%. 

Na avaliação de Adriano Gonçalves, o biogás vai além de uma fonte de energia. “Não é apenas sobre transformar o lixo em energia, é pensar no futuro, buscando a melhor forma de proteger nosso planeta através de escolhas conscientes que façam a diferença, nesta e nas próximas gerações”, finaliza.